quinta-feira, 22 de outubro de 2009



Quem quer ser um milionário?


Com todo esse papo furado sobre prosperidade e um foco doentio em dinheiro, a resposta seria obvia. Obviamente todo mundo quer ser um milionário e pode crer que a maioria promete a Deus de dar no mínimo 10% a sua igreja, talvez até 20% se o cara é generoso. Mas será que é isso que Deus quer para nós? Será que essa é a razão pela qual ele nos salvou, para que pudéssemos ter vidas de conforto e segurança aqui na terra? Os heróis da fé não achavam.


Mas, voltando à pergunta, “Quem quer ser um milionário?” Quase dá para ouvir os gritos de “RECEBO!” aqui em casa. Mas, se Deus faz de você um milionário, o que faria com o dinheiro? Como você gastaria? Ou talvez nem gastasse, talvez poupasse. E aqui nós vemos quem você realmente é e quais são as suas prioridades através de como você gasta seu dinheiro. É fácil falar em missões e reclamar que ninguém investe, inclusive você, mas, no mínimo, tem uma desculpa, “Sou duro”. Mas, se tivesse o “suficiente”, você investiria no seu reino ou no Reino de Deus? As suas compras iriam trair seu amor escondido por esse mundo e as coisas que existe nele ou mostrar como você está desprendido e focado nas coisas eternas?


Agora, vamos para os números reais. O que você faria com R$225.000.000? Caraca! Sei que é muita grana. Compraria um novo carro, talvez zerado? Compraria uma casa? Aposentar e tirar férias para o resto da sua vida? Ir para África para sustentar uma colônia de leprosos? (Sei que estou viajando.) O que você faria?


Você tem pedido dinheiro para Deus, mas ele não tem te dado nada? Você chora, implora e declara. Parece uma piada cruel. Tudo mundo “tem” e somente você que não, e assim olha para o dinheiro como a solução. E isso explica nossa mania e obsessão com faculdade. É a esperança de alcançar um emprego melhor que dá MAIS DINHEIRO. O fim de todos os nossos caminhos é esse. Cantamos sobre como queremos intimidade com Deus e muitas outras mentiras, mas fazemos pouco para cultivar isso. Nós não oramos, não lemos a Bíblia, assistimos televisão, e quando falamos com Deus, é com a intenção de ser “abençoado”. Tudo volta a um desejo não saudável estimulado por uma sociedade bitolada em posses. No fim, queremos dinheiro. Precisamos de dinheiro. Pregamos sobre dinheiro. Vendemos as bênçãos de Deus por 10% e ofertas especiais. Até quando nós vamos perturbar Deus por coisas que Ele jamais nos dará.


Já parou de pensar em porque Deus não faz rico a maioria daqueles que pedem dinheiro? E isso é a verdade. A maioria daqueles que fazem campanhas de “prosperidade” saem lisos do mesmo tanto de quando entrou, além dos testemunhos inventados na televisão para estimular as pessoas a dar o pouco que tem para acabar com menos ainda. A verdade é que Deus não dá e nunca vai dar.


Tg 4.2-4; Não têm o que querem porque não pedem a Deus. E mesmo quando pedem, não recebem porque seus motivos são errados. Vocês querem somente o que dará prazer a vocês. Adúlteros! Vocês não sabem que amizade com o mundo os faz inimigos de Deus? Falo mais uma vez: Quem quer ser amigo do mundo, se torna um inimigo de Deus.


Aí está a verdade pura da questão: queremos o que vai nos dar prazer ou conforto. Os nossos motivos são egoístas. E assim, Deus não dá independente de quantas campanhas ou declarações que você faz. Mas, de vez em quando, Deus coloca muito dinheiro nas mãos de um filho dele e o mundo pode ver quem e como ele é de verdade. Voltando ao R$225.000.000, o que você faria?


George Müller era um pastor, evangelista e coordenador de orfanatos em Bristol, Inglaterra durante o século 19. Ele começou quando dois órfãos foram colocados aos cuidado da sua igreja. Vendo o número grande de órfãos na sua cidade e a uma necessidade de cuidar deles, George decidiu fazer algo. Ele construiu vários prédios para os órfãos viver e foi cuidar deles. E assim, com cinqüenta centavos no seu bolso, Deus tocou nele e ele decidiu de fazer uma diferença na sua geração e mais do que isso, ele resolveu que nunca pediria nada a ninguém, mas somente a Deus.


George adotou um princípio de vida de confiar em Deus e na eficácia da oração sincera. Nisso ele primeiramente aboliu o aluguel por bancos. Naquela época, antes do engano de dízmo ser introduzido na igreja moderna, uma das maneiras do pastor levantar dinheiro era de alugar os bancos, aqueles na frente sendo mais caro e o último sendo de graça para os pobres. George viu isso como nada mais do que dando o melhor lugar para o rico como Tiago fala. Então, ele aboliu a prática de alugar os bancos, recusou em receber um salário e decidiu de nunca pedir dinheiro para se sustentar. Ele simplesmente colocou uma caixa na porta da igreja para quem queria dar de livre vontade. Ele também decidiu de nunca entrar em dívida, não por razões pessoais nem ministeriais e de nunca poupar dinheiro para o futuro. Imagine, sem salário, sem entrar em dívida, e sem se preparar para a aposentaria; loucura segundo as idéias de hoje. E assim ele não recebeu um salário nos últimos 68 anos de ministério, nunca emprestou dinheiro ou teve dívida.


Durante os sessenta anos cuidando dos órfãos nunca faltou comida nenhum dia. Às vezes eles sentavam a mesa sem nada nos pratos e simplesmente agradeciam Deus pela refeição que viria, e sem falhar Deus providenciou. Foram vezes que Deus acordou o padeiro e falou para ele fazer pão para o orfanato, outras o carro de leite quebrou bem na frente das casas do orfanato e o leite ia estragar se não fosse consumido, pois não tinha geladeiras naquela época. Foi milagre após milagre por sessenta anos. Teve momentos difíceis especialmente quando chegou a ter 2.000 órfãos debaixo do seu cuidado no mesmo tempo, mas George recusou em levar suas necessidades aos homens. Ele tinha um Deus grande que cuidava dele. Durante 60 anos, em resposta das suas orações, Deus providenciou £1.500.000. Isto seria igual £75.000.000 ou R$225.000.000 hoje. Quem quer ser um milionário?


Com esse dinheiro George:


• Cuidou de 10.024 órfãos durante sua vida (meninos até os 14 anos e meninas até as 17).

• Pagava 112 pessoas que trabalhavam para ele.

• Começou 117 escolas que educaram mais do que 120.000 crianças e órfãos.

• Distribuiu 64.000 Bíblias, 85.000 Novos Testamentos, e 29.000.000 outros textos religiosos.

• Enviava R$30.000 (R$210.000 hoje) por ano para quase 200 missionários pioneiros.


E quando ele fez 70 anos, ele realizou seu sonho de ser um missionário, fez isso pelos próximos 17 anos viajando mais do que 320.000 quilômetros, indo para 42 paises, e pregando na média de uma vez por dia para um total de mais do que 3 milhões de pessoas.


No dia 10 de Março, de 1898, George Müller morreu com 93 anos, um homem pobre pelos olhos do mundo, todas as suas poucas posses valiam R$1.500, mas rico de um valor inestimável nos olhos de Deus. Na sua vida ele conseguiu gastar R$225.000.000 nas coisas de Deus. Ele entendeu o valor do eterno. Verdadeiramente, algo que não tem valor eterno não tem valor real.


Mt 6.19-20; Não acumulem riquezas aqui na terra, onde as traças podem estragar e a ferrugem pode destruir e até mesmo os ladrões descobrirão um meio para roubar. Mas façam ao contrário, acumulem riquezas no céu, onde as traças não podem estragar e a ferrugem não pode destruir, e os ladrões não podem roubar. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês.


Quem quer ser um milionário? Por quê? Onde está o seu coração?


Jeff




Um comentário:

Raquel disse...

O que eu mais gostei desse artigo é que ele virou missionário aos 70 anos, isso que dizer q nunca va ser tarde demais!!!!