domingo, 20 de novembro de 2011


Moloque - O deus do aborto



Acima foto de Bohemian_Moloque 
                                                 (acredite este local é real e existe hoje)

Moloque ou Milcon foi um deus extremamente venerado pelos povos antigos do oriente médio como os amonitas da descendencia de cão que habitavam na peninsula arábica. Seus cultos eram macabros e horrendos, pois eram marcados por rituais satanicos e sangrentos com sacrificios de seres humanos, especificamente dizendo, de crianças! Essas crianças agonizavam e desesperavam em vão lutavam contra a morte enquanto eram lançadas vivas no ventre de Moloque, onde existia uma cavidade com uma fogueira ardente que consumia ali as crianças vivas. Além dos amonitas, houve também uma parte dos Israelitas idolatras que praticavam esta mesma ação de origem diabólica, faziam isto fora dos muros de Jerusalém em um lugar chamado vale de Vale de Hinom, lugar terrivel e sombrio onde 
era queimado os corpos dos criminosos, era o vale de Hinom uma espécie de lixeira da cidade e lá também os Israelitas idolatras sacrificavam suas crianças no ventre de Moloque! O vale de Hinom é chamado também de Tofete (hebraico) ou Geena (grego) - Que significa lugar de fogo, inferno um lugar de tormento constante, eterno. Representatividade o Inferno literal. 

(Do seu lado esquerdo eis a foto do Vale de Hinom hoje)

Deus já havia advertido o seu povo que não cometesse tal barbarie, por exemplo veja o que esta escrito no livro de Levítico 20:2-5 

“Também dirás aos filhos de Israel: Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros peregrinos em Israel, que der de seus filhos a Moloque, certamente será morto; o povo da terra o apedrejará. Eu porei o meu rosto contra esse homem, e o extirparei do meio do seu povo; porquanto eu de seus filhos a Moloque, assim contaminando o meu santuário e profanando o meu santo nome. E, se o povo da terra de alguma maneira esconder os olhos para não ver esse homem, quando der de seus filhos a Moloque, e não matar, eu porei o meu rosto contra esse homem, e contra a sua família, e o extirparei do meio do seu povo, bem como a todos os que forem após ele, prostituindo-se após Moloque.” 

Entretanto apesar das escrituras sagradas advertir assim, tal atrocidade não parou de incorrer. Nos periodos dos reinados em Israel esses rituais sangrentos continuaram tendo inicio pelo rei Salomão em sua velhice, ele edifica uma altar sobre um monte diante de Jerusalém a Moloque (1 Reis 11:7), o rei Acaz agora queima seus proprios filhos no fogo (2 Cr 28:3), o Rei Manassés também pratica tal abominação (2 Cr 33:6), semelhantemente as 10 tribos de Israel o fazem também, passando pelo fogo seus filhos e filhas cometendo tão horrendo pecado (2 Reis 17:17) 


Mesmo o profeta Jeremias tendo exortado ao povo acerca desse pecado prosseguiram em fazer o que era mal...“E edificaram os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá.” (Jr 32:35), ainda assim o povo não ouviu a voz do Senhor e assim receberam então o castigo divino. 

“Apesar dos tempos terem se passado, ainda hoje os adoradores de Moloque estão presentes agora de modo mais sutil em nossa sociedade moderna.“ 

Tempos atras em minhas pesquisas investigativas me deparei com histórias macabras e horripilantes que aconteceram nas madrugadas frias de São Paulo próximo a praça da Sé. "Devido a ausencia de provas judiciais, não relatarei maiores detalhes para poder me proteger de processos juridicos" 



Mas questione a voce mesmo! - Voce acredita mesmo que todas as crianças que somem pelas ruas da nossa nação é puramente por sequestro ou ligados a crimes sexuais? 
Veja a declaração abaixo Leo Montenegro: 

Tive acesso às fotos da cena do crime de um ritual satânico envolvendo a morte de criança de cerca de 2 ou 3 anos de idade. Ela foi sacrificada pela própria mãe em uma ritual de magia negra e teve seu coração arrancado e em seguida foi decapitada. Isso me motivou a denunciar esses crimes que estão acontecendo em todo o mundo. 

Tempos atras no jornal da globo uma noticia que chocou o brasil e o mundo relatava acerca de uma quadrilha composta de pessoas de representatividade na sociedade envolvidos em sequestro de crianças para serem oferecidas como sacrificio humano a uma entidade demoniaca que prometia virilidade, potencialidade sexual! 

- Seria esse Moloque agora sutilmente prsente em nossa sociedade moderna? 
- E quanto seu gosto por fetos, por abortos? 
- Voce sabia que hoje mais de 1,5 milhão de bebês assinados anualmente no útero de suas mães? 
E você sabe como essa guerra foi perdida? 
Nos Estados Unidos nas Câmaras Legislativas Estaduais quando um lado contemporizou para permitir o aborto legal APENAS em casos limitados, raramente prescritos, em que a vida da mãe poderia estar em perigo ou quando a concepção decorria de estupro ou incesto. Embora essa contemporização tenha parecido "nobre" para os deputados, ela abriu as portas do inferno para essa prática macabra e infernal. Logo a Suprema Corte escancarou a porta para essa prática e agora o aborto é praticado em todos os trimestres da gravidez. 


“Todos os dias, clinicas clandestinas de aborto descartam cadaveres de fetos que são descar- tados nas lixeiras! Um dia haverão de prestar contas no JUIZO FINAL!” 

“Moloque nunca esteve tão saciado!Apesar de toda a evolução do homem nos tornamos mais primitivos dos que as sociedades arcaicas!” Veja ainda abaixo um dialogo de um pastor norte americano em uma entrevista com um ex satanista, neste assunto ligado ao aborto e praticas diabolicas Uma palavra final sobre o aborto. Perguntei ao ex-satanista e ex-praticante de magia negra Doc Marquis, agora um cristão nascido de novo, como os satanistas encaram o aborto. 
Para os satanistas, o sacrifício humano é o maior sacrifício que podem ofertar a Satanás e, quanto mais jovem for a vítima, mais precioso e mais poderoso é o sacrifício. Em 1986, o programa documentário 20-20 da TV mostrou um bloco sobre satanismo nos EUA nos dias atuais. Uma das cenas do bloco mostrou mulheres satanistas que estavam grávidas. Elas disseram que engravidaram com o propósito expresso de sacrificar seus bebês a Satanás. Isso não me surpreendeu, pois já tomara conhecimento dessa prática em minhas pesquisas sobre o ocultismo. Perguntei então a Doc: "Se um sacrifício aumenta em poder e preciosidade quanto mais jovem for a vítima, como um satanista vê os bebês abortados? Ele me encarou seriamente e disse: "Os satanistas vêem os bebês abortados como o sacrifício humano mais poderoso que é possível oferecer." 

“Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”(II Coríntios 4:4) 

Amados irmão, guerreiros de oração! Unam se conosco em intercessãopelas vidas! Já é sabido por Satanás que a igreja de Cristo esta no momento culminante para o nosso grande triunfo "O Arrebatamento" E neste momento ele vem com toda a sua furia no intento de destruir vidas, neste caso tanto de mães que assasinam seus proprios filhos, como dos filhos que nem mesmo tiveram a chance de nascer! 

Atenciosamente Pr Émerson Andrade 
Voce deseja saber mais? Participe do imperdivel seminário! 
                             OS MISTÉRIOS DO APOCALIPSE 
                                 acesse: www.shofarseminarios.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Paul Washer

 Não Conhecemos o Evangelho.





quarta-feira, 16 de novembro de 2011




Estratégias para Lutar Contra a Lascívia

por John Piper
Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. A necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais para nos fixarmos em imagens sexuais é urgente. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e freqüentemente nos levam a conduta sexual errada.

Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto, temos de exercer restrição e fazer guerra contra aquilo que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” ( 2 Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

Não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos.1 E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, se não ele matará você”.2 Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo. Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.

Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
John Piper - Os Caminhos Estranhos do Nosso Maravilhoso Edificador



Os Caminhos Estranhos do Nosso Maravilhoso Edificador

por John Piper
Cristo estava edificando a sua igreja em 11 de setembro de 2001, quando as torres do World Trade Center ruíram? Ou, quando o nosso mundo particular entrou em colapso? A razão por que surgem estas perguntas é a autoridade absoluta e universal expressada na promessa de Jesus: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Quem disse estas palavras? Aquele que falava e as febres se retiravam (Lc 4.39), árvores murchavam (Mc 11.21), os demônios obedeciam (Mc 1.27), Satanás era roubado (Mc 3.27), os ventos cessavam (4.41), os mortos eram ressuscitados (Lc 7.14; Jo 11.43), milhares comiam de cinco pães e dois peixes (Mt 14.19-21), a água se tornava vinho (Jo 2.6-10) ou um caminho para seus pés (Mt 14.25,26).

Esta autoridade sobre o céu e a terra está explicitamente relacionada ao compromisso missionário de Cristo em edificar a sua igreja. “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.18-19). Em outras palavras, Jesus está resolutamente comprometido em usar seu poder sobre o céu, a terra e o inferno, para fazer discípulos. Nenhum acontecimento que Jesus permite ou produz no universo está fora do seu propósito de edificar sua igreja.

Mas as coisas não parecem ser assim. Os caminhos dEle não são os nossos caminhos. Ele raramente se move em linha reta, do ponto A ao ponto B. O caminho para o alto quase sempre passa por baixios. O rio faz curvas para trás, afastando-se do mar, enquanto se encaminha para este. Tentei captar esta idéia em um poema a respeito da vida intensamente dolorosa de Oséias:

Não pense, meu filho, que o grande rio
Do amor de Deus corre apenas para o mar.
Ele não almeja endireitar, e sim libertar
Almas teimosas como você e eu.
Siga a correnteza, por onde quer que ela vá;
Ela sempre corre com amor e graça.


O surpreendente e sinuoso caminho de Deus, na história da redenção, trouxe Paulo a estas palavras: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis [são] os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm 11.33.)

Por exemplo, Cristo estava edificando triunfantemente sua igreja quando foi morto por seus inimigos e sepultado por três dias? Jesus responde: “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (Jo 2.19); “Dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco... Ninguém a tira de mim... Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la” (Jo 10.15,16-18). Em outras palavras, o que parecia um fracasso e tragédia era completa autoridade — e incluía a compra de “outras ovelhas”. Por meio do pior dos pecados cometidos — o assassinato do Filho de Deus — Jesus estava edificando triunfantemente a sua igreja.

Cristo estava edificando a sua igreja quando o apóstolo Paulo foi preso em Roma? Paulo responde: “Quero, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm contribuído para o progresso do evangelho; de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus” (Fp 1.12-14); “Estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está algemada” (2 Tm 2.9). Em outras palavras, o que parecia derrota mostrava o estranho desígnio de Cristo para a vitória.

Cristo estava edificando a sua igreja na China, quando os comunistas triunfaram em 1949 e acabaram com 150 anos de presença missionária evangélica?

O crescimento da igreja na China, desde 1977, não tem paralelo na História... Mao Tsé-Tung tornou-se inconscientemente o grande evangelista da História... [Ele] procurou destruir toda “superstição” religiosa, mas, neste processo, removeu obstáculos espirituais para o avanço do cristianismo. Deng [Xiaoping] reverteu os horrores infligidos por Mao e, ao liberar a economia, deu mais liberdade aos cristãos... [Hoje] a Igreja do Senhor Jesus é maior do que o Partido Comunista da China.

Então, este Cristo que governa todas as coisas estava edificando a sua igreja em 11 de setembro de 2001? Respondo com perguntas que não são apenas hipotéticas. O que aconteceria, se Cristo visse os aviões seguindo para a destruição de milhares de pessoas e o transtorno das nações? O que aconteceria, se, ao mesmo tempo, Ele visse 200 milhões de “intocáveis” (os dalits) na Índia? O que aconteceria se Ele visse que sua obra, já em andamento há séculos, de libertá-los da escravidão ao hinduísmo estava prestes para chegar à consumação, em nossos dias, e que eles estavam considerando a aceitação do islamismo, ou, talvez, do cristianismo, ou do budismo? E o que aconteceria, se Ele previsse que o terrorismo islâmico contra cidadãos de Nova Iorque teria um efeito poderoso de inclinar milhares de dalitsa se afastarem do islamismo e se inclinarem para Cristo? O que aconteceria se Ele restringisse seu poder de impedir os terroristas, porque (juntamente com milhares de outros efeitos esperançosos) Ele tinha em vista a vida eterna de milhões de pessoas “intocáveis” na Índia? E, se não foi este o seu plano, talvez meu neto contará uma história melhor da graça soberana, que somente o tempo revelará.

Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sábado, 12 de novembro de 2011



Thomas Watson



Um trecho do sermão "A Divine Cordial" (Um Tônico Divino)- 1663

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito”. (Romanos 8:28)
Primeiro precisamos considerar QUE coisas cooperam para o bem do homem piedoso; e aqui iremos mostrar que tanto as coisas boas quanto as piores, cooperam para o bem deles.
. . Não me entenda mal, eu não digo que em sua própria natureza, as piores coisas são boas, pois elas são fruto de uma maldição. Mas embora elas sendo naturalmente más – não obstante, elas são moralmente boas quando a sábia e soberana mão de Deus as controla e as santifica. Como os elementos, embora de qualidades diferentes, Deus os ajusta de tal forma que todos eles irão cooperar de forma harmoniosa para o bem do universo. Ou como num relógio as engrenagens parecem se mover de forma contrária as outras – mas todas fazem com que o relógio funcione. Assim, algumas coisas parecem se mover de forma contrária ao homem piedoso – não obstante, pela maravilhosa providência de Deus, elas cooperam para o bem deles. Entre essas piores coisas, existem quatro coisas más e tristes que cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

1. O mal da AFLIÇÃO coopera para o bem do homem piedoso.
. . Algo que nos aquieta o coração é considerar que em todas as aflições, Deus está operando de forma especial: “O Todo-poderoso tem me afligido” (Rute 1:21). Instrumentos não podem mais se mexer até que Deus ordene da mesma forma que um machado não pode cortar sem uma mão. Jó viu Deus em sua aflição, mas com Agostinho observa, ele não diz: “O Senhor deu e o diabo tirou”, mas “O Senhor deu e o Senhor tirou”. Seja quem for que nos traz aflição, é Deus quem a envia.
. . Outra consideração que nos aquieta o coração é que as aflições cooperam para o bem. “Eu os enviei para o cativeiro para o seu próprio bem.” (Jer. 24:6). O cativeiro de Judá a Babilônia foi para seu bem. ”Foi-me bom ter eu passado pela aflição” (Salmo 119:71). Que esse texto, como a vara de Moisés lançada nas águas amargas da aflição, possa fazê-las doce e salutar para que você a beba. Aflições são medicinais para o homem piedoso. Da droga mais venenosa Deus extrai nossa salvação. Aflições são tão necessárias quanto às ordenanças (1 Pedro 1:6). Nenhum vaso pode ser feito de ouro sem fogo; assim é impossível que devamos ser vasos de honra, a não ser que sejamos derretidos e refinados na fornalha da aflição. “Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade” (Salmo 25:10). Assim como o pintor mistura cores coloridas com sombras escuras; o sábio Deus mistura misericórdia com julgamento. Aquelas providências aflitivas que parecem ser prejudiciais, são benéficas. Vamos ver alguns exemplos das Escrituras:
. . Os irmãos de José o jogaram em um poço; posteriormente eles o venderam; depois ele é jogado numa prisão; não obstante, tudo isso cooperou para seu bem. A sua humilhação foi que causou sua progressão, ele se tornou o segundo homem no reino. “Vós na verdade intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn. 50:20).
. . Jacó lutou com o anjo, e a junta da sua coxa foi deslocada. Isto foi triste, mas Deus o tornou em bem, pois lá ele viu a face de Deus e lá o Senhor o abençoou. “Aquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face” (Gn. 32:30). Quem não estaria disposto a ter um osso deslocado para que pudesse ter uma visão de Deus?
. . O rei Manassés foi amarrado em cadeias. Foi algo triste – uma coroa de ouro se transformou em grilhões. Mas isso cooperou para seu bem. “Pelo que o SENHOR trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia. Ele, angustiado, suplicou deveras ao SENHOR, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais; fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar a Jerusalém, ao seu reino; então reconheceu Manassés que o SENHOR era Deus” (2 Cr. 33:11-13). Ele era mais devedor a sua cadeia de ferro do que a sua coroa de ouro. Uma o fez orgulhoso, a outra o fez humilde.
. . Jó um espetáculo de miséria; ele perdeu tudo que sempre teve; ele abundou somente em feridas e úlceras. Foi algo triste; mas isso cooperou para seu bem, sua virtude foi provada e melhorada. Do céu Deus deu testemunho de sua integridade, e o compensou sua perda dando o dobro de tudo o que antes possuíra (Jó 42:10).
. . Paulo foi atingido por uma cegueira. Foi algo desconfortável; mas isso se tornou em bem para ele. Deus, pela sua cegueira, fez com que a luz da graça brilhasse em sua alma; isso foi o começo de uma feliz conversão (Atos 9).
. . Assim como as duras geadas no inverno trazem as flores na primavera; assim como a noite precede a estrela da manhã. Assim os males das aflições produzem muito bem para aqueles que amam a Deus. Mas estamos prontos a questionar a veracidade disso, e dizer, como Maria disse ao anjo, “Como pode ser isso?” Portanto te mostrarei muitas maneiras de como as aflições cooperam para o bem.

. . (1). Aflição coopera para o bem como nosso pregador e mestre:
. . “Escutai a vara” (Miquéias 6:9). Lutero disse que ele não pôde entender corretamente alguns dos Salmos até que ele esteve em aflição.
. . Aflição ensina o que é o pecado. Na palavra pregada, nós ouvimos como o pecado é uma coisa horrível, ele tanto desfigura quanto condena. Mas nós o tememos tanto quanto um leão numa pintura; portanto Deus permite a aflição e então sentimos o amargo do pecado em seu próprio fruto. Uma cama enferma geralmente ensina mais que um sermão. Nós podemos ver melhor o feio semblante do pecado quando olhamos pelas lentes da aflição!
. . Aflição nos ensina a conhecer a nós mesmos. Na prosperidade nós somos na maioria das vezes estranhos a nós mesmos. Deus nos aflige para que possamos nos conhecer melhor. É em tempo de aflições que vemos aquela corrupção em nossos corações que não acreditaríamos que estava lá. A água parece limpa num copo, mas ponha ela no fogo e a sua impureza vai fervilhar. Na prosperidade, um homem parece ser humilde e grato, a água parece limpa; mas ponha esse homem um pouco no fogo da aflição, e suas impurezas começam a fervilhar; muita impaciência e incredulidade começam a aparecer. “Oh”, diz um Cristão, “eu nunca pensei que tinha um coração tão mau, agora eu vejo que tenho! Eu nunca pensei que minhas corrupções fossem tão fortes e minhas virtudes tão pequenas.”

. . (2). Aflições cooperam para o bem, pois elas são meios de fazer com que o coração seja mais voltado para o alto.
. . Na prosperidade o coração está apto para ser dividido (Oséias 10:2). O coração se divide em uma parte para Deus e outra para o mundo. É como uma agulha entre dois imãs: Deus puxa de um lado e o mundo do outro. Agora Deus afasta o mundo para que o coração possa se inclinar mais a Ele em sinceridade. A correção põe o coração numa posição reta. Assim como às vezes nós seguramos uma barra de ferro torta sobre o fogo para endireitá-la; Deus nos segura sobre o fogo da aflição para nos fazer mais retos e mais voltados para o alto. Oh, como é bom, quando o pecado nos entorta deixando-nos longe de Deus, aquela aflição pode nos endireitar de novo.

. . (3). Aflições cooperam para o bem, pois elas nos conformam a imagem de Cristo.
. . A vara de Deus é como um pincel que pinta a imagem de Cristo de forma cada vez mais vívida em nós. É bom que deva haver uma simetria e proporção entre a Cabeça e os membros. Seríamos parte do corpo místico de Cristo sem sermos parecidos com Ele? Sua vida, como diz Calvino, foi uma série de sofrimentos, “um homem de dores e que sabe o que é padecer” (Isaías 53:3). Ele chorou e sangrou. Sua cabeça foi coroada com espinhos, e nós achamos que seremos coroados com rosas? É bom ser parecido com Cristo mesmo que seja através das aflições. Jesus Cristo bebeu um amargo cálice, e o só pensar nisso fez Ele suar gotas de sangue; e embora Ele tenha bebido o veneno que havia no cálice (a ira de Deus) ainda há algum absinto no cálice que os santo devem beber; apenas aqui está a diferença entre o sofrimento de Cristo e o nosso: o dEle foi expiatório e o nosso é apenas purificador.

Original: A Divine Cordial By Thomas Watson
Tradução: Joelson Galvão Pinheiro, colaborador do Voltemos ao Evangelho

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Yago Martins - Soberania de Deus: Logicidade x Biblicidade






Uma das mais famosas objeções à Soberania de Deus é a suposta incoerência lógica em aceitar que O Senhor preordena cada detalhe do universo e, mesmo assim, os homens continuam agentes responsáveis. É interessante notarmos, primeiramente, que essa não é uma critica teológica, mas filosófica. Ou seja, ela apresenta uma falta de comprometimento com os textos bíblicos que defendem a Soberania Absoluta de Deus sobre tudo e atem-se às considerações decorrentes da análise teológica. Logo, essa questão não é o centro da discussão (que são os textos bíblicos), mas um ponto secundário.

É triste ver que algumas pessoas rejeitam algum ensino ou por não gostarem dele ou por o acharem intelectualmente confuso, quando, na verdade, o único ponto que deveria influir na aceitação de uma doutrina deveria ser sua coerência com as Escrituras. Quando vejo alguém rejeitar a Soberania de nosso Deus porque isso soa paradoxal, só posso acreditar que tal homem não crê verdadeiramente na Sola Scriptura.

Deixe-me citar um exemplo. Se considerarmos as “Testemunhas de Jeová”, veremos que elas submetem as Escrituras à sua lógica, e não o contrário. Elas alegam que é logicamente incoerente um Deus amoroso mandar pessoas para sofrerem eternamente no inferno. Essa é a base para a interpretação delas. Assim sendo, ao invés das Escrituras ditarem o que é lógico ou não, essa análise fraca delas é quem guia a leitura bíblica. Logo, todo verso que fala do inferno de fogo é deturpado, retalhado e ignorado. É certo que a maioria das pessoas age assim. Os conceitos pré-formados é que ditam o entendimento das Sagradas Letras. No lugar de submeter o que cremos ser lógico à Luz das Escrituras, queremos que a Bíblia siga nossos pobres e inferiores padrões de raciocínio. Com isso, não só minimizamos Deus, mas também deturpamos Sua Palavra.

Voltando a questão inicial, precisamos responder a alegação de que é contraditório Deus preordenar cada detalhe do universo, até mesmo os desígnios dos homens, e os seres humanos continuarem sendo responsáveis pelas suas atitudes. Para isso, precisamos definir o que é um pa-radoxo, uma contradição e um mistério.

Resumidamente, paradoxo é uma aparente contradição que, com uma análise mais profunda, poderá ser descoberta como uma contradição ou não. Por exemplo, quando Jesus disse que quem perdesse a vida por causa d'Ele a acharia (Mt 10:39), isso é um verdadeiro paradoxo. Como eu acho a minha vida perdendo-a? Com um estudo mais cuidadoso, vemos que o que Jesus estava dizendo era que quem perde sua vida nesta terra, encontrará vida novamente nos céus. Logo, esse paradoxo revelou-se como coerente e não como uma contradição.

Sobre o que significa uma contradição, R. C. Sproul o define muito bem em seu livro Essential Truths of the Christian Faith:

O termo paradoxo é freqüentemente mal-interpretado como sendo sinônimo de contradição; agora, inclusive, aparece em alguns dicionários como um significado secundário desse termo. Uma contradição é uma afirmação que viola a lei clássica da não-contradição. A lei da não-contradição declara que A não pode ser A e não-A ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Quer dizer, algo não pode ser o que é e não ser o que é ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Essa é a mais fundamental de todas as leis da lógica. Ninguém pode entender uma contradição, porque uma contradição é inerentemente incompreensível. Nem mesmo Deus pode entender contradições; entretanto, certamente Ele pode reconhecê-las pelo que são - falsidades.

Já o termo mistério refere-se a algo que ainda não nos foi revelado pelas Escrituras. Algo que nós não conseguimos compreender nesta terra, mas que entenderemos quando Cristo nos revelar nos céus.

Então, depois que consideramos esses termos, o que dizer sobre a Soberania de Deus e a responsabilidade do homem? Primeiro, precisamos analisar o que as Escrituras dizem sobre isso. E neste ponto, podemos ver claramente o Senhor mostrando-se Soberano sobre o homem enquanto este é responsável por suas escolhas:

1. Deus engana o profeta e o pune por ter sido enganado;

"E se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o SENHOR, terei enganado esse profeta; e estenderei a minha mão contra ele, e destruí-lo-ei do meio do meu povo Israel. E levarão sobre si o castigo da sua iniqüidade; o castigo do profeta será como o castigo de quem o consultar" (Ezequiel 14:9,10).

2. O Faraó endurece o próprio coração, sendo Deus o responsável por tal atitude;

“Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, pecou ainda mais; e endu-receu o seu coração, ele e os seus servos. Assim o coração de Faraó se endureceu, e não deixou ir os filhos de Israel, como o SENHOR tinha dito por Moisés. Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles, e para que contes aos ouvidos de teus filhos, e dos filhos de teus filhos, as coisas que fiz no Egito, e os meus sinais, que tenho feito entre eles; para que saibais que eu sou o SENHOR” (Êxodo 9:34 – 10:2).

3. Os homens mataram Jesus, porém Deus havia pré-determinado tal ato;

"A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendes-tes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos" (Atos 2:23).
"Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer" (Atos 4:27,28).

4. Satanás incitou Davi a fazer um censo, sendo isso uma punição do próprio Deus.

"Tornou a ira do SENHOR a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá” (II Sm 24:1).
“Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel” (1 Cr 21:1)

Como negar tais textos? O próprio Deus, cuja vontade ninguém pode resistir, engana o pro-feta para profetizar e condena-o por ter profetizado. O Faraó endurece o próprio coração – sendo condenado por isso – ao mesmo tempo em que Deus é quem endurece o coração dele. Os homens cometeram o pecado de matar Jesus, mas Deus havia predeterminado tal ato desde antes da fundação do mundo. Foi Satanás quem incitou Davi ou foi Deus quem o fez? Existem várias considerações que precisariam acompanhar esses textos, mas, por ora, a resposta suficiente é: Deus é Soberano sobre tudo de um modo tal que, incompreensivelmente, os seres continuam agentes livres e responsáveis.

Muitos poderão levantar-se e retrucar: “Isso é contraditório!”. Na verdade, isso é paradoxal. Não encontramos a regra da não-contradição sendo quebrada em parte alguma. Ou seja, precisamos de uma análise mais profunda para descobrir se esse paradoxo é coerente ou não.

Embora isso não seja unânime, acredito que esse paradoxo, na verdade, é um mistério. As Escrituras não revelam como Deus opera para que o homem seja responsável por suas atitudes ao mesmo tempo em que Ele preordena cada atitude dos homens. Outros podem questionar que, por ser algo que não nos foi revelado, não pode ser ensinado ou crido. Mas será que isso é realmente coerente? Para muitos, os elétrons se comportarem como ondas e partículas simultaneamente é paradoxal, mas isso não deixa de ser ensinado nas escolas, pois eles acreditam que, no futuro, quando homens com mentes mais elevadas surgirem, os estudos avançarão e conseguiremos compreender esse mistério.

A questão real é: o que define uma doutrina como ilógica? Creio que sua incoerência com as Escrituras, e não sua facilidade de ser entendida. Sei que teremos uma resposta lógica de Deus nos céus, quando nossa mente for restaurada e elevada, mas, hoje, só posso esperar que os homens contentem-se com a informação que temos: “A Bíblia assim ensina”. Desta maneira, confiaremos mais no que Deus revela através de Sua Palavra, e não em nossa pobre ignorância. Obedeceremos, assim, o mandamento de Deuteronômio: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR...” (29:29).


Por Yago Martins. © Voltemos ao Evangelho Website: voltemosaoevangelho.com
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Ryan começou a conversa deixando claro que, no total, ele discordou com tudo o que ele ouviu no CD. “As estatísticas de Mike (o cara do CD) estavam erradas, ele não tinha feito uma pesquisa satisfatória sobre assuntos gays, talvez ele nem tenha sido gay de verdade”, e assim por diante. Se eu estivesse tentando apenas consertar o comportamento de Ryan, eu teria sido mais pronto a defender Mike ou entrado num debate com ele sobre o homossexualismo. Mas estes não eram meus interesses. Neste ponto, eu não estava tentando convencer Ryan que seu estilo de vida era errado, eu estava tentando tocar em questões mais profundas em seu coração.

“Beleza, então você discordou com um monte de coisas no CD. E você me chamou aqui pra discutir sobre isso? Ou você me chamou aqui pra falar sobre as coisas nas quais você realmente pensou?” Com essas poucas palavras, eu mudei o foco da conversa por completo.

No discipulado, nós normalmente conversamos sobre as coisas erradas. Gastamos muito tempo conversando sobre “pecados de estimação” e coisas superficiais, quando na realidade a batalha deve ser travada no coração. Você pode conversar sobre o comportamento e sobre circunstâncias externas o dia inteiro, mas a menos que você tire os ídolos do coração, estará apenas colocando um Band-Aid no problema. Podemos dizer, como Jesus disse, que “a boca fala do que o coração está cheio” (Lucas 6.45). Ou podemos dizer como Tim Keller disse: “A raiz de todo pecado é a quebra do primeiro mandamento”. A verdadeira pergunta não é o que você está fazendo, mas qual deus você está adorando. Por isso que o que os seus discípulos querem é mais importante do que o que eles sabem.

Enquanto conversávamos, comecei a discernir que o ídolo dominante do coração de Ryan era o orgulho. Ele queria poder, aceitação, ser amado, controle. Ele encontrou isso na identidade sexual. Antes da transexualidade, ele disse que se sentia fraco, sem importância, escondido. Agora, ele tinha uma identidade. Ele era socialmente poderoso. Quando se vestia como uma mulher, ele colocava os outros na defensiva. Ele podia julgar aqueles de discordassem com seu estilo de vida como sendo pessoas preconceituosas, intolerantes, sem amor. Ele estava no controle. Agora que eu estava vendo o que ele amava e adorava, eu podia mover a conversa numa direção que tratasse a doença e não o sintoma.

Então, como se resolve o problema da idolatria? Bem, a resposta correta, claro, é se afastar dos ídolos e se achegar a Cristo. Esse é o objetivo final: arrependimento e fé. Mas aqui tem um problema: Nós adoramos os ídolos porque os amamos. Nós imploramos a eles. Eles são mais importantes do que a vida. Então, somente dizer “Arrependa-se e creia!” pode soar vazio. Esmagar nossos ídolos requer esforço em trazer à superfície nossas vontades mais profundas da alma.

Ryan começou a falar com Amy e comigo sobre coisas no CD com que ele concordou Mike havia dito que na época em que era gay, ele sempre quis ser normal, ter uma esposa e filhos. Ryan se identificou com esse desejo. Mas pensava que isso nunca seria possível, porque ele era gay e transexual. Mas no fundo, o desejo, a vontade estava lá.

“De onde você acha que essa vontade vem?” Perguntei.

“Eu não sei.”

“Posso oferecer uma resposta?”

“Claro.”

“Entenda que eu vou falar sobre isso a partir de uma perspective bíblica, porque essa é a minha visão de mundo.”

“Sim, eu sei. Continue”, ele disse.

“Eu penso que o fato de você desejar se casar e ter filhos mostra que Deus implantou certos instintos em sua alma. Se você tivesse nascido gay, e se não existisse Deus, não faria sentido você desejar ter uma esposa e filhos. A existência desse desejo testifica que você foi feito à imagem de Deus, como a bíblia diz, e que a sexualidade é algo profundamente ligado à identidade que Deus te deu como ser humano. Isso que dizer que é possível que você mude.”

“Não, não é. Eu não quero mudar. Eu sou transexual. Eu tenho sido assim desde que eu me lembro.”

“Então, porque você quer uma esposa, filhos e uma vida normal?” Perguntei.

“Sinceramente, não sei.”

“Eu acho que tem muito mais coisa aí do que você quer pensar.”

Ryan ficou pensando por uns momentos. “O que você acha que me custaria essa mudança?” ele perguntou.

“Eu penso que você tem um ídolo chamado orgulho, a quem você está adorando hoje. Você é o seu próprio deus. Vai custar uma ação da graça do verdadeiro Deus para mudar você. Você então chegará ao ponto em que entenderá que Jesus é confiável e você vai querer que ele governe seu coração ao invés de você mesmo. Entendo que isso levará um certo tempo.”

Ryan respondeu, “Bob, deixe eu te dizer por que eu não confio em Jesus.”


Por Bob Thune. © The Gospel Coalition. Website: thegospelcoalition.org
Tradução: Iprodigo.com
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