segunda-feira, 31 de outubro de 2011


“As Marcas do Novo Nascimento” III



1. A Terceira marca bíblica daqueles que são nascidos de Deus, e a maior de todas é o amor; como em(Romanos 5:5) “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado no coração deles, pelo Espírito Santo que lhes foi dado". E, em (Gal. 4:6) "Porque eles são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho, em seus corações, clamando, Aba, Pai". Por esse Espírito, olhando, continuamente, para Deus, como o Pai reconciliador e amável, eles clamam a ele pelo seu pão diário, e todas as coisas necessárias; seja para suas almas ou corpos. Eles, continuamente, despejam o coração deles, diante de Deus, sabendo (I João 5:15) "que ele os ouve em tudo o que pedem; sabendo que alcançam as petições que lhe fazem". O prazer deles está em Deus. Ele é a alegria em seus corações; "escudo" e "grande galardão" deles. O desejo de suas almas é em direção a ele; "carne e bebida para fazer sua vontade"; e (Salmos 63:5) eles estão"satisfeitos como com tutano e gordura, enquanto as suas bocas louvam com alegres lábios".

2. E, nesse sentido, também, (I João 5:1) "todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido". Seu espírito regozija-se em Deus, seu Salvador. Ele "ama o Senhor Jesus Cristo com sinceridade". Ele está, então, "junto com o Senhor", como sendo um só espírito. Sua alma prende-se à dEle, e o escolhe, como, completamente, adorável, o principal entre dez mil. Ele sabe e sente o que isso significa: (Cantares 2:16) "O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios". E (Salmos 45:2) "Tu és mais formoso do que os filho dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso, Deus te abençoou para sempre".

3. O fruto necessário desse amor de Deus é o amor ao próximo; de todas as almas que Deus tenha feito; sem excluir nossos inimigos; sem excluir aqueles que estão, agora, "despeitosamente nos usando e nos perseguindo"; um amor, por meio do qual, nós amamos todos os homens, como a nós mesmos; como amamos nossas próprias almas. Não somente isto, mas também, nosso Senhor expressou isso, ainda mais fortemente, nos ensinando a "amar o outro, como Ele nos amou". Assim sendo, o mandamento escrito nos corações de todos aqueles que amam a Deus, é nenhum outro do que esse: "Como eu tenho amado você, então, ame a seu próximo". Agora em (I João 3:16) "observamos o amor de Deus, em qual ele deu a sua vida por nós, e que nós devemos", então, como o Apóstolo, justamente, infere “dar a nossa vida pelos irmãos". Se nós nos sentimos prontos para fazer isso, então, nós, verdadeiramente, amamos o próximo. Então, (I João 3:14) "nós sabemos o que passamos da morte para a vida, porque amamos"assim"os irmãos".E, (I João 4:13) "Nisso, conhecemos" que nós somos nascidos de Deus, que "habitamos nele, e ele em nós, porque ele nos deu de seu" amável "Espírito". Porque (I João 4:7) "o amor é de Deus; e todo aquele que",assim, "ama, é nascido de Deus, e conhece a Deus".

4. Mas alguns podem possivelmente perguntar: Mas o Apóstolo não diz que "Esse é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos?" (I João 5:3). Sim. E, esse é o amor ao nosso próximo também, no mesmo sentido como é o amor de Deus. Mas o que você pode deduzir disso? Que manter os mandamentos externos é tudo o que está implícito, em amar a Deus, com todo seu coração, com toda sua mente, e alma, e forças, e em amar seu próximo como a si mesmo? Que o amor de Deus não é uma afeição da alma, mas, meramente uma tarefa exterior? E que o amor ao nosso próximo não é uma disposição do coração, mas, meramente, o curso das obras exteriores? Para mencionar uma interpretação, tão grosseira, das palavras do Apóstolo, é confuta-lo suficientemente. O significado claro e incontestável do texto é que esse é o sinal ou a prova do amor de Deus, de que devemos manter o primeiro e grande mandamento, para podermos manter todo o restante deles. Porque o amor verdadeiro, uma vez, esparramado, em nossos corações, irá nos constranger a procedermos dessa forma; já que, quem quer que ame a Deus, com todo seu coração, não pode deixar de servi-lo com todas as suas forças.

5. O Segundo fruto, então, do amor de Deus (tanto quanto ele pode ser distinguido disso), é aobediência universal a Ele que amamos, e em conformidade com Sua vontade; obediência a todos os mandos de Deus, interno e externo; obediência do coração e da vida; em todo temperamento, e em toda forma de conversação. E um dos temperamentos, que mais, obviamente, implica nisso é ser"zeloso das boas obras"; fazer o bem ao faminto e sedento de todas as maneira possíveis, a todos os homens; o regozijar-se em "dar e se dar a eles", por todo filho do homem; não buscando recompensa no mundo, mas apenas na ressurreição do justo.

Seja Edificado

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