sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010


A Campanha da Fraternidade 2010 ataca o deus dinheiro


Tendo por base as palavras de Jesus em Mateus 6:24 - "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro" -, a Campanha da Fraternidade deste ano, tradicionalmente comandada pela Igreja Católica brasileira, tem a companhia da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia, repetindo a experiência ecumênica já ocorrida nos anos de 2000 e 2005.


A Folha Online vê o tema da campanha como um ataque à política econômica do governo Lula, citando o texto-base do evento, que "critica a crescente dívida interna do país, as altas taxas de juros, a elevada carga tributária, o sistema financeiro internacional e até mesmo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)". O site da CNBB, por sua vez, destaca:


O bispo diocesano dom João Maria Messi abriu o encontro lembrando-se do compromisso mútuo de colocar a campanha em prática e organizá-la nas cidades. “Este tema ressalta a questão da economia que na sociedade é vista como prioridade máxima em detrimento do ser humano que é esmagado em seu ser. Os senhores do dinheiro passam por cima de tudo e de todos em nome do capital”, disse dom João, que espera envolver as Igrejas Cristãs nas discussões.


Para o pastor Antônio Carlos, da Igreja Metodista de Volta Redonda, não é possível viver sem levar em conta a economia. “Tudo gira em torno da econômica e se ela não gerar vida é porque algo está errado e não podemos desenvolver este tema sem um ecumenismo, pois afeta todos nós”, disse Antônio.


Ainda que o foco da campanha, aparentemente, seja político, me parece que - ainda que subrepticiamente - ataca também a crescente entronização do dinheiro como verdadeiro "deus" em muitas igrejas evangélicas. É difícil acreditar que os organizadores da campanha não tenham tido esta intenção, mas mesmo nesta remota hipótese, não deixa de ser uma oportunidade para que todos os cristãos aproveitem o tema para denunciar os desvios da chamada "teologia da prosperidade", que endeusa o dinheiro em detrimento do verdadeiro evangelho simples e salvador de Jesus Cristo.


3 comentários:

Ulisses de Oliveira disse...

a veerdade é que eles estão mais “crentes” do que muitos crentes (evangélicos)

Raquel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raquel disse...

Quem está vendendo indulgências hj são os "protestantes", vai ter que haver uma "reforma protestante" dentro do protestantismo.
Ou Jesus voltar logo... o fim está próximo!